Entre
os objetos que deveriam acompanhar a família real em sua viagem para o Brasil
estavam os caixotes de livros e documentos da Real Biblioteca da Ajuda, de
Lisboa. O acervo, com cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas e
estampas, representava simbolicamente a história do reino português.
Na
pressa, os caixotes ficaram abandonados no porão e só não caíram em mãos
francesas pelo extremo zelo dos bibliotecários. Apenas em 1810, os livros e os
documentos do acervo real começaram a
ser transferidos para o Rio de Janeiro. No ano seguinte, após três viagens, a
Real Biblioteca estava novamente reunida, dessa vez em terras tropicais.
Foi
com parte do acervo da biblioteca de Lisboa que em 1819 D. João fundou, na
cidade do Rio de Janeiro, a Real Biblioteca, hoje chamada Biblioteca Nacional.
Até 1814, apenas os estudiosos podiam consultar a biblioteca e, mesmo assim,
mediante autorização régia. Depois dessa
data, o acesso foi liberado ao público.
A
biblioteca funcionou no mesmo local por 50 anos, até ser transferida para outro
prédio. No inicio do século XX, houve outra mudança e a biblioteca passou a
funcionar no edifício onde está hoje.
Com
um acervo de mais de 4 milhões de livros, a Biblioteca Nacional é, atualmente,
a maior biblioteca da América Latina.
FONTE: Editora
Moderna.
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